Yuval Harari, autor do best-seller Sapiens: uma breve história da humanidade, escreve que o ser humano, como animal social, é constituído de fato, fala e escrita. Sem esses três elementos não se pode caracterizar um ser humano. A informação é a junção, a soma desses três elementos. Portanto, numa dimensão sociopolítica, o ser humano é informação. Contudo, pode ocorrer que a informação carregue algumas "deformidades" que podem acarretar a mudança da constituicão do ser humano e, por consequência, o meio social no qual vive.
O documentário Mercado de Notícias, dirigido por Jorge Furtado, apresenta uma rica discussão de jornalistas acerca do papel e influência da mídia nas sociedades democráticas. É um documentário que discute o jornalismo em tempos de fácil acesso à informação, como também em tempos em que qualquer pessoa pode compartilhar informação.
Essa facilidade em consumir e propagar informação gera um número infindável de notícias e publicações de assuntos mais variados. Como não existe um filtro para essa "enxurrada" de notícias, as notícias falsas (fale news) podem receber status de uma informação verdadeira, podendo destruir reputações de pessoas e até mesmo governos.
O jornalismo é a ciência que identifica, avalia e produz o antídoto para a cura dessas deformidades na informação. A verdade, conforme os jornalistas é o remédio mais eficaz para combater as doenças das informações. Há aqueles que têm o interesse de manter a informação doente, por inúmeros fatores (econômicos, sociais, políticos, etc.). São nessas ocasiões que reside o perigo, pois a doença da informação tem o poder de matar nações inteiras.
A "medicina" do jornalismo é de suma importância para a saúde do ser humano enquanto ser constituído de fato, fala e escrita. E o melhor antídoto para isso é a verdade. Somente pela verdade e através da verdade viveremos numa sociedade sã.
Como leitores, devemos também ser um pouco de "médicos" para podermos avaliar e apontar os "potenciais" sintomas na nossa informação, que não são poucos.
Ótimo texto, mas, quem escreveu? Sem o autor, não posso avaliar!!!
ResponderExcluir